A entidade atua em colaboração com as autoridades consulares, por regiões e autonomias locais, assim como com as entidades e Associações operativas na circunscrição consular. O Comites de Brasília, cuja diretoria assumiu em 2014, atende descendentes de italianos das regiões Norte: Amapá, Amazonas, Pará, Roraima, Tocantins – e Centro-Oeste: Goiás e o Distrito Federal.
Os comites italianos promovem todas as iniciativas referentes à vida social, cultural, com assistência social e escolar para a formação profissional e política dos italianos. ”As necessidades mais urgentes são os atendimentos nos processos de regularização de documentos para reconhecimento de cidadania, e atendimento a italianos que moram nestas regiões aqui no Brasil em busca de visto de permanência no Brasil”, explica Cláudio Zippilli, presidente do Comites Brasilia.
Há também atividades recreativas, como celebração de missas, competições esportivas, atividades culturais com a divulgação de músicas e danças. Além disso, incentiva o uso da língua mater e a realização de eventos com o objetivo de angariar fundos, esclarecer dúvidas e divulgar a cultura italiana.
Desde o mês de março deste ano, quando finalmente foi regularizada toda documentação, Claudio Zippilli (Partido Democrático – PD), busca melhorar a representação dos ítalo-brasileiros. Os Projetos de Lei (PL), ou Medidas Provisórias (MP) seguem um trâmite burocrático. Ao ser criada uma MP, por exemplo, ela segue para o Senado analisar e retorna à Câmara para remendos. Atraso de quatro a cinco anos para ter uma aprovação. “Os italianos residentes no estrangeiro não tem muito interesse pelos assuntos políticos, mas é importante que todos participem das decisões de governo porque favorece essa comunidade que vive fora do país”, apela o presidente.
Na visão de Zippili, para os estrangeiros é uma verdadeira e preciosa oportunidade que o governo italiano tem para retomar, para renovar os laços entre a Itália e os italianos fora da do País. “É necessário demonstrar para o governo italiano o quanto importante é para todos nós, descendentes com cidadania, participar da vida política, cultural e social da Itália. Queremos que ele nos reconheça e nos considere em suas políticas como cidadãos italianos que somos”, afirma Zapilli.
Comitês no Brasil
Em regiões amplas, como no Brasil, um Comitê pode representar vários estados. Como é o caso do Comitê do Distrito Federal. “As pessoas desta região Norte e Centro-Oeste são atendidas por este Comitê de Brasília. A maior concentração de ítalo-brasileiros está em Goiás e DF”, lembra. Ele completa ainda que, no Brasil há cerca de 400 a 500 mil pessoas residentes aqui que são Italianas. “Se houvesse o reconhecimento do governo, o Brasil o país com maior número de italianos fora da Itália, no mundo”, revela.
Operam no Brasil, sete consulados, e sete Comitês. São Paulo, Belo Horizonte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraná e Distrito Federal. Mas a falta de recursos para manter as sedes, algumas improvisadas ou com estruturas abaixo da expectativa, geram descontentamento aos gestores no Brasil. “Não temos apoio das embaixadas, nem do governo italiano. Todo dinheiro que temos para as despesas dos Comitês não são suficiente para nos manter. Precisamos de organização e subsídio, para continuar com as atividades de atendimento aos italianos em terras estrangeiras”, clama o presidente Zapilli.